Insegurança

 Queria falar do abraço
Guardado na lembrança
Do terno aperto de mão
Que os dias afastam dos conhecidos.
Da alegria jogada na calçada
Do filho que espera as mãos dadas
Mas a agonia abraça meu peito
Na corda bamba da insegurança.

Se saio do carro, há a trava da porta,
A corrente que prende a marcha,
O som removido, o alarme ligado,
O cadeado, a gradeada janela,
O muro protegido.

Se interponho um único motivo
Que rompa meu espanto
É porque antecede o assalto do sono,
E por que um disparo
Acorda meus sonhos, gradeados.

 

Roberto Moura de Souza
Rio de Janeiro/RJ

 

 

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