Lábios carnívoros

 

Quando teus lábios carnívoros

Se abrirem em prostitutos sorrisos

Partindo gananciosos sobre os meus,

Sufragando-me com tua beligerância

Voraz, tornando-me vítima frágil

De tua insaciável fome de amor.

 

Sinto tua derme tão suave e sutil

Roçando em meu rude corpo

Causando frêmitos tremores,

Avanças furiosa sobre mim,

Sacudindo-me tal qual vulcão

Prestes a entrar em erupção.

 

Teu instinto selvagem se manifesta 

Por incendiadas torrentes de amor

Extravasando paixões incontidas,

Tal qual labaredas incandescentes

Quando transbordam caldeiras. 

São fortes arremetidas emocionais,

Comemorativas de cios sentimentos,

Causando nostalgia à puritanos dogmas.  

 

Saciada, imitas as leoas, ferozes felinas,

Que após o coito, dormem sono profundo!

Tornas-te tão meiga, mansa, terna e dócil,

Como um brinde a mais sublime ternura.

Rondas, ó bela criatura, minha imaginação,

Como um sonho, és robusto alimento da alma.

 

Renato Schorr

Santo Ângelo/RS

 

 

 

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