Nada além

Sinto nas narinas a aridez do campo
e na alma a solidão
das almas inda puras.
Ouço o grito plangente das aves
palmilhando a palha seca
e a agonia muda dos seres já perdidos
aguardando, inocentes,
o marco cruel da extinção.
E me pergunto:
O que faço aqui?
Vim destinado para ver o fim?
Ou apenas cruzo,
de raspão, pela eternidade,
sem qualquer motivo?
Sendo nada além do que
um passante distraído,
que nada mais tem a fazer,
senão orar e pedir perdão
pela inutilidade de viver.
 
 
 Alcione Sortica
Porto Alegre/RS

Quer enviar esta página? Clique aqui

 

 

 

Volta

 

 


 

Website, designs & Graphics by

Antonia Nery Vanti (Vyrena)Designs ...  2008

Graphics by Webshots

Todos os direitos reservados.


 

 

 


Free Web Hosting