O jardim

Guardo na memória de quando menino
Brincava entre os canteiros do jardim,
Me fascinava o beija-flor pequenino
Que bicava as flores bem perto de mim.

Me sensibilizava o perfume das flores,
Admirava nos céus as nuvens matizadas,
Como encanta a profusão de cores,
A vida decorria em contos de fadas.

Mas a primavera e o verão passaram
E o belo jardim sucumbiu à letargia,
Outono e inverno inclementes chegaram
E da vida vegetal desertou a anergia.

Meu jardim, quando te olho agora
Vejo teu amargo aspecto e fico triste,
Estás como eu, a velhice aflora,
Ao tempo implacável nada resiste.


Mas retornará o dia que novamente
Teus tenros rebentos fortes surgirão,
Será a primavera que incipiente
Proverá a seiva das flores que abrirão.

Meu jardim! Eu e tu não somos iguais,
Almeja ser idêntico na plenitude
Tu voltas a ter as belezas naturais,
De mim abdicou para sempre a juventude.


Frederico EduardoWollmann


 

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