Identidade
Sou
quem sou.
Às
vezes, sou a princesinha.
Às
vezes, sou o terror.
Mas
sempre sou a mesma pessoa.
Sempre
gosto de brincar,
Saltar
e estudar.
Às
vezes, sou a princesa mais
corajosa,
A mais
perigosa,
Sou
tudo.
A mais
briguenta e a mais chata.
Às
vezes, nem penso no que faço,
Brigo,
incomodo...
E faço
arte.
Sou o
que sou.
Sempre
a princesinha dos meus pais!
Paola Ferreira Pes - São Luiz
Gonzaga-RS
Decepções
Com uma
vara de pescar na mão
Enquanto lamentavas
No azul
de seus olhos
Lágrimas rolavam.
Ao
contemplar o seu coração ferido,
Senti
dor, tristeza, espanto...
O rio
que era o seu passatempo
Estava
cheio de lixo,
Sem
vida, poluído...
Brincar
na cachoeira, nadar, pescar...
Doces
lembranças!
Natureza ameaçada!
Para
futuras crianças.
Desejei
com minha alma,
Ter uma
varinha de condão
Para
consertar as causas
De sua
decepção.
Mas
para preservar a beleza da vida
Dos
rios e nascentes,
A magia
esta nas atitudes
Quando
são realizadas com o coração.
Paola Martins Jung - São Luiz
Gonzaga-RS
Temo a vida
Porque
a vida
é bela
e sem tristeza
é só alegria,
a solidão imensa
colori de lágrimas.
Estrelas são flashes do campo
magia da vida
alimentam a fonte
que ilumina meu sorriso.
Soltaste a tristeza para fora
as lágrimas se foram
voltou teu sorriso alegre.
Patrícia
dos Santos - Santa Maria-RS
Intensidades
Eu
achei que tinha amado demais
Mas
amei muito pouco
Eu não
me entreguei muito
Eu fui
pouco louco!
Eu
achei que tinha insistido demais
Mas
insisti muito pouco
Eu
desisti muito depressa
Eu fui
pouco louco!
Eu
achei que tinha acreditado
demais
Mas
acreditei muito pouco
Eu
duvidei sempre muito
Eu fui
pouco louco!
Eu
achei que tinha ouvido demais
Mas
ouvi muito pouco
Eu
pensei sempre muito
Eu fui
pouco louco!
Eu
achei demais
Agi
muito pouco
Eu
refleti muito, vivi quase nada
Eu fui
muito pouco louco!...
Priscila Finger do Prado -
Santa Maria-RS
Triolet
para meu amigo
Mas e nem quer e nem me
engana
Apenas me ama sem pensar
Cala c’um beijo a minha boca
Mas e nem quer e nem me
engana
Domina o rumo da m’ia vida
Sou prenda, rainha, vassala
Cala c’um beijo a minha boca
Apenas me ama sem pensar.. .
Priscila Finger do Prado -
Santa Maria-RS
Sou
feliz hoje, amanhã talvez
com
esses homens sem noção
o que
será de nossa nação
Uma
árvore está crescendo
Vidas
se perdendo
Todo
mundo procurando
uma
simples solução
Planeta
poluído, sem multidão
O que
será da multidão sem chão
Na
ocasião tem que ter
conscientização.
Raquel de Fátima Rodrigues -
Santa Maria-RS
Se
retornasse a antiga pomba
Se retornasse ao mundo a
antiga pomba,
encontraria na primeira serra
o mesmo caos de primitiva
guerra
na qual a nova humanidade
tomba.
Turvando as cores de um
arco-íris, erra
espaço em fora a flor de
infesta bomba,
com um bando de pétalas que
zomba
dos sete dias que a semana
encerra.
Cala-se a Iara e o pescador
se espanta...
E, em pouco, rasgando a água
imensa e fria,
a estupidez de um míssil se
agiganta.
Eis que a terra desaba em
desengano...
Tu és homem! Então, que é da
harmonia?
- Faze a pomba ver outro ser
humano!
Reginaldo Costa de
Albuquerque - Campo Grande-
Último tributo
No andar de cima, num delgado
leito,
amei uma mulher perdidamente.
janela aberta para o sol
nascente...
o sol resplandecia no seu
peito.
Pescoços para trás, na ação
cadente,
pés calcados no chão do
parapeito,
ninguém jamais amou daquele
jeito.
se alguém disser que amou é
porque mente!
Depois riu, me abraçou, se
fez calada.
partiu muda, no fim da
madrugada,
como se nada houvesse
acontecido...
Levou consigo todo o amor que
eu tinha,
deixou comigo esta saudade
minha:
jamais voltou pra me dizer:
querido!
Renã Leite Pontes - Rio
Branco-AC
Nosso mundo
Lua que encanta as noites
ao escurecer.
Sol que ilumina todas as
manhãs
com seu brilho radiante
O canto belo dos pássaros
que canta e encanta
nas belas matas fechadas.
As borboletas que dançam
alegres sobre as flores,
flores que dão seu charme
colorido
ao nosso mundo.
Mundo em que vivemos e
crescemos,
Assim como tudo que há
aqui na terra quer crescer,
também quer viver.
Renata Escobar - Santa
Maria-RS
Natureza morta
Vasos de flor - de – maio,
em maio não deram flores.
Em Julho, certo dia, uma
flor...
Franzina, sem cor, sem odor.
Solitária...
No dia seguinte, despencou,
foi ao chão,
seca, desidratada,morta.
É primavera.
Trópico de Capricórnio.
Faltam flores!
Meus Ipês não floriram...
Faltam flores!
Meu mundo está feio,
insano, enlouquecido!
E isso é só o começo.
Meu coração intui tragédias
irreversíveis...
Até onde vamos com nossas
loucuras e desrespeito
ao divino?
A natureza está nos mandando
recados.
Talvez, merecida extinção,
Talvez nova expulsão do
paraíso...
Rita Velosa - Américo
Brasiliense-SP
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