Realidade feita de sonho

 

Abracei outro dia a saudade

E com ela fui ao passado procurar

Aquele restinho de felicidade

Que há tempos deixei do coração escapar.

Caminhei por estradas empoeiradas

Revendo os tempos de minha infância

Até alcançar as campinas das paradas

Das vaquejadas que ficou na distância.

Revi as matas aonde cantava a Juriti

E o varjão em que vivia o Avinhado.

 

Passei pelo ribeirão do buriti

Onde eu me banhava despreocupado.

Um batido estridente chamou minha atenção:

Era o batido da velha porteira

Que marcava na curva do estradão

A divisa da fazenda boi8adeira.

 

No alto do espigão uma cruz abandonada

Lembrou-me do antigo companheiro

Que tombou ali na invernada

No pesado serviço de carreiro.

Revendo o velho Ipê florido no descampado

Ouvi o canto da amiga Seriema na beira do capão.

Então senti meu coração bater descompassado

Pois a felicidade ainda estava ali no meu sertão...

Fiz a despedida ali mesmo da saudade

Porque encontrei o que tinha ido buscar.

Nesse momento o estribilho do despertador

Devolveu-me para realidade:

Naquele dia notei que a felicidade está no amor

E não precisamos ir longe para com ela se encontrar!

 

 

Gilson Eustaquio Chagas

 

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Volta

 

 


 

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