Soneto antigo

Aquela vez por distração, Senhora,
deixaste um par de luvas num banquinho,
por dentro seda e um fino azul por fora...
Recordação de vós que ao peito aninho.

Foi quando ouviste no quintal vizinho,
sobre a relva molhada pela aurora,
tristes queixas de implume passarinho,
esse mesmo que está cantando agora...

Pouco depois, em cima de um barranco,
que gesto! Erguias o bracinho branco
entre os galhos, até ao lar querido...

Mais que tudo, que vossa compaixão,
era o modesto encanto da porção
de pernas que escapava do vestido...

Reginaldo Costa de Albuquerque

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Volta

 

 


 

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