Família

 

Família, às vezes nasce dentro,

Outras vezes, vem de fora.

O útero que nos gerou

Nem sempre nos abriga agora.

Não é célula, não é nó,

Não é sangue e nem é pó.

É força, carinho e amparo,

Que não nos permite ser só.

Família é uma escolha da alma,

Aliança de pura ternura,

Por tantas vidas afora

Eco do amor que permanece

Até quando o corpo vai embora...

 

Andréa S. Cortiana - Santa Maria-RS

 


 

O adeus dos sonhos

 

Sinto que meus sonhos

se desfazem

com o correr do tempo.

Vejo que me fogem

por entre os dedos,

acompanhando o gemido

do vento.

Partem tristes, comovidos,

um adeus acenando

à mágoa que comigo

vão deixando.

Flutuam como nuvens

que, no horizonte,

vão sumindo!

Eles voltarão, eu sei

e me farão feliz novamente,

porque os sonhos não morrem,

apenas adormecem

na alma da gente!

 

Antonia Nery Vanti (Vyrena) - Porto Alegre-RS


 



 

Princípio do fim

 

A manhã já se foi!

A tarde caiu!

Sinto a noite que se aproxima

sorrateira,

com suas sombras,

e fantasmas.

Primavera e outono

já dormem

o sono eterno,

cederam lugar ao inverno

que se infiltra em meu corpo

dolorido, machucado

pelos estragos do tempo.

Retorno não há,

o frio chegou

para ficar!

É o princípio do fim!!!

 

Antonia Nery Vanti (Vyrena) - Porto Alegre-RS


 



Escrevo

 

Escrevo o que me dita o coração,

Escrevo com sentimento,

Não escolho o momento,

Quem escolhe é a inspiração.

Escrevo o que na alma me vai,

Escrevo de amores e de saudade,

Tudo aquilo que do íntimo me sai.

Só assim encontro a felicidade.

Mesmo não sendo poeta,

Rabisco meus versos sem rima,

Que vão surgindo conforme o clima

De saudade ou de solidão,

Quando uma delas me afeta

Bem fundo o coração!

 

Antonia Nery Vanti (Vyrena) - Porto Alegre-RS

 

 

Por querer

 

Fui chamado de tolo por

Querer ser justo,

De arrogante por querer

Ser feliz,

De imbecil por querer ser

Poeta.

Fiquei feliz porque

Despertei a inveja e a

Admiração de tantos

Hipócritas que querem

Querer tudo o que quero,

Mas são fracos para serem,

Justos, felizes ou poetas.

Antônio Mello - Santa Maria-RS

 

 

 

Ecos da estupidez

 

Eles matam

A arte, a árvore, a vida

Cortam os próprios pulsos

Sangram as próprias veias.

Arranham as próprias feridas

Vejo um deserto de estupidez

Um oceano de ganância

Um possível futuro vira presente

Vermes se multiplicam nos corpos inocentes.

Um jardim de pedras mortas

Aquele que foi planeta, foi vivo, foi casa

Agora é uma mísera esfera

Náufraga no vazio.

Uma nave sem rumo,

Um triste horizonte, de céu tão azul,

Tão incontestável, tão lindo, tão inútil

Sem nuvens, sem lágrimas, sem chuvas, sem asas.

Não inspira mais ninguém.

Ninguém mais respira

Só dias tórridos, noites gélidas.

Duas faces de um único inferno

Virem-se e vejam

Mirem os olhos dos assassinos

Olhem neste espelho.

 

Antônio Ricardo Gonçalves - Santa Maria-RS

 


 

Casa

 

A casa que habitamos

É um lar Universal

Que até, as vezes, pensamos

Que é sobrenatural.

Pode ser simples, bonita

Ela sempre dita, um sonho

Porque para aquele que à habita,

Significa, um mundo risonho.

Nós sempre desejamos, impacientes

Uma casa para morar

E, se, formos naturalmente prudentes

Haveremos de, em breve, conquistar.

Toda casa geralmente

Tem repartições, móveis, comida

É para todos um grande presente

Que se obtêm na luta da vida”.

 

Auriceu Karsten - Francisco Beltrão-PR

 

 

 

Ventania

 

No planeta

Tem amigos

e amizade

Tem ventanias

e tempestades

Tem amores

e dores

Também tem vida

No planeta, sinto-me

acolhida

 

Brenda Pedron - Santa Maria-RS

 


 

H2O

 

Hidrogênio em dose dupla.

Oxigênio sozinho.

Uma união forte e perfeita.

De muito amor e carinho.

Que faz a vida viver.

A natureza renascer.

No canto do passarinho.

Quando desce em gotas puras.

Insípida e cristalina.

A benção vem das alturas.

Num encanto de neblina.

Enche a vida de esperança.

Qual sorriso de criança

Que o arco-íris fascina.

Pela encosta da montanha.

Como vapor lá no céu.

Sua pureza é tamanha.

Como noiva em branco véu.

És a gota do amor.

Muitas riquezas semeia.

Por onde o rio serpenteia.

O vale cobre de flor.

Para não morreres com magoa.

Aja à luz da consciência.

Não polua nossa água.

Fonte de sobrevivência.

Quem planta paz e amor.

Leva o perfume da flor.

Pela senda da existência.

 

Brunel Duran da Cruz - Santa Maria-RS

 

 

 

Paisagem única

 

Sou amante da natureza.

Bela.

Por que nela.

Com certeza.

Pinta-se de aquarela.

Nossa maior riqueza.
 

Brunel Duran da Cruz - Santa Maria-RS

 



 

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